O senador Rodrigo Rollemberg (PSB/DF) defendeu publicamente nesta sexta-feira (15) a candidatura de Marina Silva pelo PSB no lugar de Eduardo Campos,
antes de entrar para uma reunião com outras lideranças do partido, em
São Paulo. Segundo o senador, que foi um dos principais articuladores da
chapa entre Campos e Marina, no ano passado, a discussão agora deve ser
sobre a escolha de um vice para ela na nova composição presidencial.
"A
candidatura é da Marina, não tem o que discutir. Quem vai ser o vice,
isso vai ser anunciado posteriormente ao sepultamento", disse
Rollemberg.
A
declaração foi feita pouco antes de Rollemberg chegar para um encontro
informal entre dirigentes do PSB para começar as conversas sobre o rumo
do partido na disputa após o acidente que matou Eduardo Campos. A
reunião começou por volta das 20h num hotel em São Paulo e conta com a
participação de cerca de 20 pessoas, entre elas Roberto Amaral, que
herdou a presidência do partido.
"É
definirmos os procedimentos do sepultamento, as homenagens ao Eduardo e
como é que vai ser o cronograma de decisão dos desdobramentos", disse o
senador.Segundo Rollemberg, a reunião também servirá para orientações
sobre o funeral de Campos, previsto para esse fim de semana, além do
calendário e definições sobre o posicionamento do partido em relação às
eleições após a morte de Campos.
Presente
ao encontro, o governador de Pernambuco, João Lyra, disse que a decisão
do partido de realizar a reunião foi acertada diante da necessidade de
definição diante do prazo exíguo que a legenda tem para encontrar uma
solução.
Caso
decida lançar Marina como candidata, o PSB deve formalizar esse pedido
ao Tribunal Superior Eleitoral até o dia 23 de agosto.
Escolha do vice
Para
vice, o partido deseja um nome que tenha fortes ligações com Campos e
que desfrute da extrema confiança da cúpula. Ao G1, um integrante do
diretório nacional que não quis se identificar, disse que esses dois
critérios deixam poucas opções para a vaga.
Mesmo
decidida a apoiar a candidatura de Marina, a cúpula do PSB pretende,
antes de chancelá-la como substituta do ex-governador de Pernambuco,
obter dela o compromisso de adiar, ao menos temporariamente, o projeto
de criar o partido Rede Sustentabilidade.
Ela
pretendia disputar a Presidência da República pela Rede, mas não
conseguiu, no ano passado, obter o registro da legenda na Justiça
Eleitoral. Por isso, após acordo com Eduardo Campos, integrantes da Rede
ingressaram no PSB para poder concorrer na eleição deste ano.
Os
dirigentes do PSB avaliam que a sigla se tornaria coadjuvante na sua
própria candidatura se a ex-senadora mantiver, em meio ao processo
eleitoral, o discurso de que criará sua própria legenda.
O
PSB também pretende solicitar a Marina que ela assuma na campanha
eleitoral as propostas e prioridades defendidas até então por Eduardo
Campos. "Marina nos representa, mas tem outras prioridades", ponderou um
integrante do diretório nacional.
No
início da noite desta sexta, a Rede divulgou nota em que diz que
"reitera sua disposição em manter respeitoso silêncio sobre quaisquer
questões eleitorais neste momento de luto pela morte do ex-governador e
candidato à presidência Eduardo Campos".
Fonte: G1
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