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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Tarso deu o grito de 'Basta'

Carlos Chagas
Quem aproveitou os últimos dias do ano para falar a verdade foi o governador Tarso Genro. Depois do início do julgamento do mensalão, raras vezes um líder do PT teve tanta coragem como ele.

Disse o que precisava ser dito, aliás, não pela primeira vez. Quando o escândalo explodiu, foi para ele que a banda sã do partido se voltou, pedindo que substituísse José Genoíno na presidência.

Sua missão seria refundar o PT. Aceitou, em julho de 2005, mas só ficou até outubro. O então presidente Lula exigiu sua renúncia, num dos mais obscuros episódios da história dos companheiros.

Por quê? Porque Tarso mostrou-se disposto a não acobertar as denúncias nem embarcar na balela de que tudo se tratava de perseguição da imprensa.

Muito menos admitiu absorver ou blindar companheiros flagrados na lambança, como aquele a quem substituiu, além de José Dirceu, Delúbio Soares, João Paulo Cunha e outros. Nas reuniões reservadas, indispôs-se não só com eles, mas com o Lula. Condenado ao ostracismo, foi recompensado com duas eleições para governador do Rio Grande do Sul.

Agora, claro que evitando contribuir para o sangramento do PT, repôs as coisas no devido lugar. À Folha de S. Paulo, declarou que “o partido deve retornar às suas origens”. “Está esgotada a agenda de solidariedade aos companheiros condenados, já tendo sido feito tudo o que podia”.

Mesmo ressaltando que nenhuma prova concreta foi apresentada no Supremo Tribunal Federal para evidenciar a responsabilidade de José Dirceu e José Genoíno, também não opinou sobre a inocência deles. Simplesmente, deu o grito de “basta”, quer dizer, “o PT não pode virar um escritório de explicações”.

Tarso Genro posiciona-se claramente contra pretendidos atos públicos em solidariedade aos mensaleiros. Nada de concentrações na Praça da Sé, na Praça do Mercado ou na Cinelândia. Nem de ficar contestando a Justiça ou cultivar a imagem de vítima. A hora é de bola para a frente. De reconstrução. Aqui para nós, se a lei permitisse, daria de novo um exemplar presidente para o PT. Quem sabe possa preparar algumas resoluções de ano novo? 

Fonte: Blog da Tribuna - Por Carlos Chagas

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